A avaliação da vitalidade fetal é um exame essencial no acompanhamento da gestação, especialmente quando existe a necessidade de monitorar o bem-estar do bebê diante de condições específicas. O objetivo desse exame é verificar se o bebê está saudável e recebendo adequadamente oxigênio e nutrientes através da placenta.

Quando a avaliação da vitalidade fetal é indicada?

Embora esse exame possa ser realizado em gestações de baixo risco, ele é frequentemente solicitado em situações que podem afetar a saúde do bebê, como:

• Restrição de crescimento intrauterino (RCIU): Quando o bebê está crescendo menos do que o esperado.
• Distúrbios maternos: Como pré-eclâmpsia, diabetes, hipertensão ou outras doenças que podem comprometer a nutrição ou o oxigênio do feto.
• Redução da movimentação fetal relatada pela gestante.
• Gestação de risco aumentado: Como em casos de gestação gemelar ou histórico de complicações obstétricas, incluindo óbito fetal anterior.
• Gravidez pós-termo: Quando a gestação ultrapassa as 40 semanas, e há um maior risco de comprometimento da placenta.

O que é avaliado no exame?

A avaliação da vitalidade fetal foca nos principais sinais de saúde do bebê, utilizando algumas ferramentas específicas:

1. Índice de Movimentos Fetais:
   • O exame verifica se o bebê está se movimentando com frequência e intensidade suficientes, pois os movimentos são indicadores de boa oxigenação e saúde.
2. Perfil Biofísico Fetal:
   • Combinação de ultrassom e avaliação de parâmetros, como:
     • Ritmo e frequência cardíaca do bebê.
     • Movimentos respiratórios fetais.
     • Tônus muscular (movimento dos braços, pernas e inclinação do corpo).
     • Volume de líquido amniótico.
3. Doppler Fetal e Materno:
   • O Doppler é usado para avaliar o fluxo de sangue no cordão umbilical, nas artérias uterinas e cerebrais do feto, além do funcionamento global da placenta.
   • É uma das partes mais importantes para identificar precocemente sinais de sofrimento fetal ou insuficiência placentária.
4. Avaliação da Placenta:
   • Observação da posição da placenta e sua capacidade de fornecer oxigênio e nutrientes essenciais.

Qual a importância do exame?

A avaliação da vitalidade fetal é fundamental para detectar precocemente problemas que podem comprometer a saúde do bebê. Ao perceber sinais de estresse ou sofrimento fetal, os médicos podem:

1. Propor intervenções, como antecipar o parto em casos de risco extremo.
2. Realizar ajustes no acompanhamento pré-natal, como a introdução de medicamentos ou monitoramento mais frequente.
3. Reduzir riscos de complicações neonatais, garantindo segurança para a mãe e o bebê.

Além disso, para gestações de baixo risco, o exame traz tranquilidade aos pais, confirmando que o bebê está se desenvolvendo e se comportando de forma saudável.