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Hérnia Diafragmática Congênita

Renato

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A hérnia diafragmática congênita (HDC) é um defeito congênito causado por um orifício (falha de fechamento) no diafragma — à direita ou à esquerda — ou pela ausência completa dessa estrutura. Essa falha permite que órgãos abdominais, como estômago, baço, intestinos e fígado, migrem para o interior do tórax. Essa migração comprime os pulmões, impedindo seu desenvolvimento adequado.

A HDC ocorre mais frequentemente no lado esquerdo do corpo. Sua causa exata permanece desconhecida.


Qual é a frequência?

A HDC representa cerca de 8% de todos os defeitos congênitos maiores, afetando aproximadamente 1 a cada 3.000 a 5.000 nascimentos vivos por ano.


Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito já no ultrassom morfológico de 11 a 14 semanas, por meio da observação de:

  • Desvio do eixo cardíaco causado por órgãos no tórax.
  • Alterações no volume de líquido amniótico.

A maioria dos casos é diagnosticada entre 18 e 24 semanas. Achados diretos incluem visualização dos órgãos herniados no tórax.


Opções de tratamento

  • Acompanhamento sem tratamento intrauterino — taxa de sobrevivência de aproximadamente 10% dos casos graves.
  • Cirurgia intrauterina de oclusão traqueal fetoscópica (FETO) — chance de sobrevivência de até 50% em casos selecionados.

Essa cirurgia é indicada para casos extremamente severos, severos e moderados.


Objetivo da colocação do balão / oclusão traqueal

Nos casos de HDC, o pulmão do lado afetado apresenta hipoplasia (volume e função reduzidos).
O objetivo do balão traqueal é:

  • Impedir que o líquido produzido pelo pulmão saia, causando sua expansão.
  • Promover crescimento e maturação pulmonar.
  • Melhorar as chances de função respiratória após o nascimento.

O balão é removido por nova fetoscopia ou punção com agulha sob monitoramento ecográfico.


Critérios para cirurgia intrauterina

  • Gestação única.
  • Diagnóstico confirmado e identificação dos órgãos herniados.
  • Casos graves ou extremamente graves:
    • Relação LHR < 0,85;
    • Relação O/E LHR < 35%;
    • Fígado herniado.
  • Ausência de outras malformações significativas.
  • IMC materno < 40.
  • Ausência de risco elevado de parto prematuro.

Protocolo de acompanhamento pré e pós-natal

Pré-natal:

  • Classificação e avaliação detalhada da hérnia.
  • Avaliação genética e exclusão de malformações associadas.
  • Corticoterapia para risco aumentado de parto antes de 34 semanas.
  • Planejamento do parto em centro de referência.

Pós-natal:

  • Idade gestacional ideal para o parto: 37 a 39 semanas.
  • Parto em hospital com UTI neonatal e equipe de cirurgia pediátrica.

Acompanhamento a longo prazo

As crianças são acompanhadas por equipe multidisciplinar (cardiologia, pneumologia, neurologia, nutrição, cirurgia, fonoaudiologia, gastroenterologia) com avaliações regulares aos 6 meses, 12 meses e 2 anos, além de seguimento até os 5 anos ou mais.


Idade gestacional ideal para cirurgia fetal

Para casos moderados a extremamente graves, recomenda-se realizar a cirurgia entre 26 e 28 semanas de gestação, podendo estender até 34 semanas em casos selecionados.


Equipe Cirurgia Fetal FMFLA

  • Dr. Mauro Villa Real
  • Dr. Renato Ximenes
  • Dr. André Malho
  • Dr. Carlos Baldo
  • Dr. Márcio Miranda

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